Labrador em apartamento, é possível?

Minha experiência real com uma Labrador fêmea de 28kg morando em apartamento.

Então, se você pensa em criar um Labrador em um apartamento, leia minha história e decida com a razão, mas também com o coração.

Criamos nossa Labrador em apartamento e sim, foi totalmente possível. Listei os principais desafios por ordem de dificuldade:

Primeiro desafio (o mais fácil)

O primeiro desafio foi ensiná-la a fazer xixi e coco no lugar certo. Mas, ainda bem, os Labradores são muito inteligentes, por isso, esse processo foi muito rápido, em cerca de 1 mês ela já estava fazendo tudo no lugar certo (neste post ☝️ expliquei certinho como ensinar seu cachorro a fazer as necessidades no lugar certo).

Segundo desafio

Segundo desafio foi lidar com a destruição. Sim, já é sabido que os Labradores são muito bagunceiros, mas me sinto até mal por falar isso, porque comparando com outros Labradores, a nossa cachorra até que não destruiu muitas coisas, já que ela tinha acesso a tudo dentro do apartamento e ela nunca destruiu o sofá, o colchão.

Ela “só” destruiu um travesseiro, 2 castiçais, 2 velas e uns 4 lençóis, 2 pares de chinelos, 2 sapatilhas (que eu me lembro por ora).

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Uma das bagunças da Capitu


Nos primeiros meses, até o quarto mês, eles são fofinhos e não destroem nada e também não podem sair de casa porque não tomaram as vacinas.

A bagunça bruta começa é no quarto mês, daí não sobra madeira sobre madeira, ela roía o pé da mesa, sapateira. O puxador de gaveta desapareceu 😅.

Tentamos aqueles sprays repelentes, mas não funcionou.

Então retirei os móveis que davam e deixei num quarto que ficava fechado. Quando ela tinha 6 meses, nós fizemos um teste e voltamos os móveis e ela não roeu mais nada :).

Aos poucos, a destruição começou a ser mais específica, ela só destruía coisas quando saíamos de casa e a deixávamos sozinha: aí ela se transformava, abria a lata de lixo reciclável 😓, espalhava todo lixo pela casa e quando esquecíamos o lixo orgânico na pia, era um deleite para ela, achava casca de ovo, laranja até em cima da cama, era muito triste e desanimador.

Eu e meu noivo temos uma empresa, então nossos horários são mais flexíveis, decidi passar a parte da manhã em casa com ela e à tarde saía para trabalhar.

Antes de sair, comecei a fazer uma ronda pela casa pra conferir se não havia algo que possivelmente que ela pudesse ou quisesse pegar.

Seguimos também algumas dicas da internet e deixávamos alguns petiscos escondidos pelo apartamento e muitos brinquedos espalhados e deu certo!

Terceiro desafio

O terceiro desafio era a sujeira. Pois é, não tem como fugir da sujeira. Como apartamentos são todos fechados, os pêlos, as bagunças, sacos e papeis rasgados e os cheiros ficam todos lá. Se você é neurótico por limpeza, descarte ter um cachorro de médio ou grande porte dentro do apartamento. Como nós não tínhamos empregada doméstica, manter todos os cômodos limpos era um sacrifício e quase nunca dava certo.

Achamos injusto criar a cachorra dentro do apartamento e ainda deixá-la presa em alguns cômodos apenas, por isso, ela sempre teve acesso a todos os ambientes, por isso também, a bagunça era generalizada – ela só não tinha acesso ao escritório.

O “banheirinho” dela era na lavanderia, ela fazia xixi e cocô naqueles tablados com jornal dentro e tínhamos de limpar todo o dia, pois era muito xixi!

O cocô a gente retirava assim que ela fazia (pois ela tinha a mania de comer cocô). Então há de se ter tempo e ânimo para limpar tudo.

Quarto desafio

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Capitu tentando ver o movimento da sacada

Esse obstáculo foi decisivo para nos mudarmos para uma casa (sim, nos mudamos!) mesmo assim é muito relativo (tenho um amigo que cria um Labrador no apartamento há 5 anos).

Com o passar do tempo, ela começou a crescer e, com ela, a necessidade de gastar toda a energia típica dos Labradores. Era muito triste (para nós, não sei se para ela) ver o quanto ela ficava enclausurada o dia todo.

O passeio dela era sagrado, duas vezes por dia, mas, às vezes, chovia ou acontecia algum imprevisto, então era só um passeio à noite, assim, ela ficava o dia todo sem ver o sol, eu achava isso muito sacrificante, já que ela não tinha muitas distrações durante o dia e se eu não ficasse em casa, ela ficava entediada e por isso fazia toda aquela arte.

O quarto desafio, como disse, é muito relativo e pessoal, é mais um sentimento do que algo concreto como a bagunça.

Isso acontecia e, ao mesmo tempo, houve reclamações de alguns vizinhos sobre o “medo” de encontrar a minha Labrador no elevador 🙄. Isso me desanimou ainda mais de morar lá.

O fim

Então, se você está muito disposto, tiver tempo e disciplina para os passeios diários vai ser ótimo ter um Labrador. Minha vida mudou completamente com ela.

Passei a me movimentar mais e ter mais disposição para a vida (é verdade)! Infelizmente, conosco funcionou durante 1 ano e 2 meses com ela, nos mudamos para um casa recentemente e pudemos ver a felicidade dela ao ter uma graminha para fazer suas necessidades, cheirar as plantinhas ☺️.




Não desencorajo ninguém a tentar, no entanto, é preciso pensar nas necessidades do cão também, pois o ele não é só um companheiro para servir aos tutores, também precisa de cuidados básicos e um ambiente seguro e confortável, além de muito amor 💓!

Se você leu tudo isso, tenho certeza que está muito empenhado a ter seu Labrador e já passou no primeiro teste hehehe. Boa sorte e fico à disposição para tirar suas dúvidas.


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